Thursday 22 February 2007

Declaração de intenções

Para espanto de muitos quando digo que sou nacionalista não estou a fazer uma declaração de conservadorismo (social ou político) nem de valores religiosos. Falo de amor ao que é meu, de respeito pelo meu semelhante e de honra, três noções que muito “patriota” trocou por simples e bacocas declarações de ódio a grupos específicos ou da transferência acéfala da aliança para certas organizações que de nacionalistas não têm nada!

Por isso quem quer um ódio saloio e irracional à modernidade, às “novas” religiões, racismo (considerar outras raças como inferiores ou subservientes), sexismo (considerar as mulheres como incapazes de exercer o poder) ou homofobia (estar tão “acagaçado” de dois homens ou duas mulheres a terem sexo e partilharem uma vida que querem proibir esses comportamentos) vai ter que ir a outro lado.

Sou nacionalista, não tenho medo do presente nem vergonha do passado. Penso no futuro.

3 comments:

Anonymous said...

Hmm..olhe que me parece estar o seu nacionalismo muito perto do conservadorismo - ou de certas formas de conservadorismo: "Falo de amor ao que é meu, de respeito pelo meu semelhante e de honra" - um bom retrato da disposição conservadora conforme descrita por Oakeshott.

5º Cavaleiro said...

às tantas devo andar lá perto :)

Anonymous said...

Caro 5º Cavaleiro, o nacionalismo tal como o entendo não é uma fórmula cristalizada no tempo, logo o mesmos está sujeito a mudanças resultantes da natural evolução do tempo. O conservadorismo é um dogma, logo não pode ser nacionalista. Mais, o nacionalismo não visa apenas conservar, pois tem por um dos seus objectivos fundamentais a conservação daquilo que realmente importa.

Ainda que alguns no microcosmo nacionalista luso detenham as características que menciona, nomeadamente ao que concerne a outras raças, às mulheres, ou mesmo aos homossexuais, creio que os nacionalistas mais esclarecidos não se definem pela negativa. No caso da homossexualidade, devo, contudo, referir que não encaro a homossexualidade como algo perfeitamente normal, muito pelo contrário, julgo-a contranatura. Isso, porém, não me imnpele a preocupar-me com o que essas pessoas fazem entre quatro paredes, desde que não pretendam transpôr essa questão do foro privado para o foro público.

Por fim, devo dizer que não concebo o nacionalismo desprendido do factor étnico, carnal, pois isso seria amputar o mesmo e reduzi-lo a uma mera adoração iconográfica do passado... enfim, um patriotismo.

Melhores saudações.